sexta-feira, 5 de setembro de 2008

• Mal entendido

Não é que eu precise deles. Só quero estar sem precisar, entende?
Quero a troca, não preciso receber além.
Gosto do reconhecimento pela lealdade porque é raro. Porque é rara.
Desaguo palavras que ninguém quer ouvir, muitos talvez queiram dizer (mas não o fazem - ah, não o fazem), alguns compreendem e ninguém, ninguém quer arcar com as réplicas. E o faço por mim.
O direito às minhas contradições, tenho mas não usufruo... senão por acidente. Vem da 'condescendência' das pessoas, em doses variadas, dependentes de contexto. Desde que o que sou se encaixe em suas teorias.

***

Como profissional de comunicação, sinto-me falido. Incapaz de ultrapassar o metron da conveniência do ouvinte, debato-me entre explicações exaustivas, traduções paliativas e muito, muito cansaço. Não há palavras que saciem suas vontades. São seletivos: lêem, escutam e, principalmente, concluem apenas o que querem. Esse é o desafio, aceitar que muitas mãos escrevem sua história, que você trata como 'sua' por mero descuido.
Aceitar a presença de um mal entendido, talvez mantê-lo... será tão ruim?
Dessa vez vou tentar. Para ter paz, hoje digo o que não sinto: eles têm razão.

Satisfações a dar, temos todos.
Só não vale a pena.

Um comentário:

웃 Mony 웃 disse...

Me entristece o fato de as pessoas não quererem ir além quando julgam o comportamento de alguém, quando escolhem ver o mundo somente segundo seus condicionamentos, sobretudo, pq essas mesmams pessoas em geral, quando a coisa é com elas exigem exatamente aquilo que não oferecem...
E da tua parte, sei bem que elas nem precisam exigir, pq recebem de graça.