Caro Amigo 'De Munchniano': Eu que 'grito' diuturnamente, aqui dentro tô mais para 'A Solitária', que afinal, se não catártica, ao menos poética. Pesquei em teu texto algumas mensagens criptografadas(espero decodificá-las -se não em seu todo, ao menos em parte)e em ocasião futura 'regurgitar' sobre elas. Contudo não me furto a dizer que, se somos apenas mais um coadjuvante na imensa multidão que compõe nossa própria história, que ao menos possamos(descumprindo às ordens do diretor desse filme trash)olhar para a câmera e dar um risinho de soslaio quando esta, incidentalmente, nos focar. A vida é um drama shakespeareano inacabado. Perdemos tempo tentando dar o melhor de nós, o mais ético, o mais moralmente aceitável,afim de criar um enredo que sirva de molde às próximas gerações, enquanto a platéia se dispersa, boceja e urge pelo fim do espetáculo. Não há fórmulas, esquemas, macetes. Nem há 'o melhor'. Há diferentes cenários, atores distintos, mas o enredo, com raras exceções, quase sempre se repete. Queremos crer que construímos nossa história, Contudo, tantas vezes somos desconstruídos por ela, senão tragados. Se nossa história de vida se assemelha a mais uma refilmagem barata de um clássico 'Cukorniano', que ao menos sejamos maximamente intensos, inclusive nas dores. Farte-mo-nos de vida. Afinal, nada mais sub-humano que a superficialidade...
Felicidade quanto mais se divede, mais se soma... Já a tristeza, quanto mais se divide, menos pesa. Conta comigo sempre, pra todos os momentos. ;) Nem preciso dizer, você já sabe...
Caros 'De Munchniano' e Mony. Drummond diria 'Não há nunca testemunhas. Há desatentos. Curiosos, muitos. Quem reconhece o drama, quando se precipita, sem máscara?'
Se cá dentro habita 'A Solitária', moça de vestes brancas, de costas pro mundo e de frente pro mar. E mesmo sem ver seus olhos sentimos sua solidão, sua melancolia, sua dor. Se cá dentro essa moça habita quase que soberana, minha carapaça humana ao menos serve para blindá-la. E a moça sonhadora, estranhamente pintada por Much, se recolhe, encolhe, torna-se impercebível, mas sobretudo sente-se protegida pela força mascarada que a blindagem lhe confere. É ao mesmo tempo refúgio e fortaleza. E sendo fortaleza torna-se, ela mesma, razão da persistente crença em tudo aquilo que o mundo chama 'impossível'. A moça, de costas pro mundo, ainda espera a sua hora de entrar no mar.
De pleno acordo, convencido. No entanto, permita-me um atrevimento: tendo eu uma imaginação lazarenta que em 80% do tempo trabalha pra atrapalhar, não conseguirei chamá-la de Solitária impunemente. Muito menos de lombriguinha. Gostaria de chamá-la "Momento", já que essa máscara só nos fará companhia enquanto você se prepara pra banhar-se. De acordo? Independente da resposta, espero vê-la sempre aqui. A mais você possível.
...perguntaria um sábio, caso existisse. Este blogue serve apenas para que eu escreva um monte de bobagens, só pra reavaliar e me arrepender depois. Diletância, exercício dialético, ironia, prolixia, ótica nonsense, masturbação mental e demais bobagens você encontra aqui (como em qualquer outro lugar)!
9 comentários:
Divida a felicidade e também as tristezas, ou quem te dividirá ao meio será a vida.
Caro Amigo 'De Munchniano':
Eu que 'grito' diuturnamente, aqui dentro tô mais para 'A Solitária', que afinal, se não catártica, ao menos poética. Pesquei em teu texto algumas mensagens criptografadas(espero decodificá-las -se não em seu todo, ao menos em parte)e em ocasião futura 'regurgitar' sobre elas. Contudo não me furto a dizer que, se somos apenas mais um coadjuvante na imensa multidão que compõe nossa própria história, que ao menos possamos(descumprindo às ordens do diretor desse filme trash)olhar para a câmera e dar um risinho de soslaio quando esta, incidentalmente, nos focar. A vida é um drama shakespeareano inacabado. Perdemos tempo tentando dar o melhor de nós, o mais ético, o mais moralmente aceitável,afim de criar um enredo que sirva de molde às próximas gerações, enquanto a platéia se dispersa, boceja e urge pelo fim do espetáculo. Não há fórmulas, esquemas, macetes. Nem há 'o melhor'. Há diferentes cenários, atores distintos, mas o enredo, com raras exceções, quase sempre se repete. Queremos crer que construímos nossa história, Contudo, tantas vezes somos desconstruídos por ela, senão tragados. Se nossa história de vida se assemelha a mais uma refilmagem barata de um clássico 'Cukorniano', que ao menos sejamos maximamente intensos, inclusive nas dores. Farte-mo-nos de vida. Afinal, nada mais sub-humano que a superficialidade...
Em tempo: Isso sim foi uma regujitada louvável!:d
As.: "A Solitária"
Em tempo: Ocêis num vale nada mais me enchem de orgúio. :)
Felicidade quanto mais se divede, mais se soma... Já a tristeza, quanto mais se divide, menos pesa.
Conta comigo sempre, pra todos os momentos. ;)
Nem preciso dizer, você já sabe...
Mony, ;))
Ei, vocês... mais alguém ficou curiosíssimo sobre quem vem a ser a Solitária?
Vou manter minha aposta calado até a confirmação hehehehe
Confesso que fiquei curiosa também.
E com vontade de lê-la mais...
Caros 'De Munchniano' e Mony.
Drummond diria 'Não há nunca testemunhas. Há desatentos. Curiosos, muitos.
Quem reconhece o drama, quando se precipita, sem máscara?'
Se cá dentro habita 'A Solitária', moça de vestes brancas, de costas pro mundo e de frente pro mar. E mesmo sem ver seus olhos sentimos sua solidão, sua melancolia, sua dor. Se cá dentro essa moça habita quase que soberana, minha carapaça humana ao menos serve para blindá-la. E a moça sonhadora, estranhamente pintada por Much, se recolhe, encolhe, torna-se impercebível, mas sobretudo sente-se protegida pela força mascarada que a blindagem lhe confere. É ao mesmo tempo refúgio e fortaleza. E sendo fortaleza torna-se, ela mesma, razão da persistente crença em tudo aquilo que o mundo chama 'impossível'. A moça, de costas pro mundo, ainda espera a sua hora de entrar no mar.
Abraços em ambos.
As.: 'A Solitária'
De pleno acordo, convencido. No entanto, permita-me um atrevimento: tendo eu uma imaginação lazarenta que em 80% do tempo trabalha pra atrapalhar, não conseguirei chamá-la de Solitária impunemente. Muito menos de lombriguinha. Gostaria de chamá-la "Momento", já que essa máscara só nos fará companhia enquanto você se prepara pra banhar-se.
De acordo?
Independente da resposta, espero vê-la sempre aqui. A mais você possível.
Abraço!
Fica aqui meu abraço também...
A cada um o direito de ser e estar como é ou se sentir melhor pra ser. ;)
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