sexta-feira, 21 de março de 2008

• "All I Want for Christmas is my two front teeth"

Cobro-me, sempre que estou prestes a reclamar (o que só não ocorre nas endoscopias - tênquiu, Valium!), se o motivo do meu queixume não é justamente um daqueles problemas que pedi pra Deus.
Existe uma sutileza aí que não dá pra traduzir em palavras sem parecer um desses excelentíssimos manuais de auto-ajuda da Madame Zorah. Mas não há mágica. Problemas são problemas e pronto. Como feras ciumentas: você têm de enfrentá-las antes que cresçam e se tornem as únicas entre tantas (sem urgência não seriam problemas; seria apenas a rotina de empurrar com a barriga, comum a todo bom cristão temente a Deus-pai Todo-Belicoso).
Nos problemas que você pediu pra Deus (já citei Ele três vezes, mais uma e me converto!), a diferença não está tom do Acaju nº5 do cabelo no ovo, e sim a vontade de penteá-lo. Você puxa, faz chapinha, escova bem e não sossega enquanto o gel não secar o pichaínho no lugar.
Porque gosta.
Porque liberdade, essa incomensurável e periquitante meta de todo bom punhetólogo, pra maioria de nós resume-se ao direito de escolhê-los. Não que problemas dêem a mínima pro livre-arbítrio (tudo bem, os EUA* também não), exigem uma resposta eficiente, sem léro-léro nem gudi náite mailóvi. Mas, se é pra pagar o preço, que seja o do brinquedo da cartinha ao Papai Noel. A tia-avó que enfie as meias de amigo-secreto no Ku-klux-klan.

Recuse transgênicos. Pepinos, só os da sua horta.


Este post hortifrutigranjeiro é um oferecimento de Bordel da Luzia
"Seu adultério faz nossa alegria"



* Pronto. Quatro vezes. Amém.

Um comentário:

De Marchi ॐ disse...

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Conclusão: as pessoas odeiam o meu blog.