Quase tão colaterais quanto os crimes de guerra (uma piada, já que a guerra é um crime em si), as simbioses nos relacionamentos são como Gremlins: no começo são até bonitinhas, mas espera só a água cair pra tu ver no que se transforma.
Quando é que esse nós vira eles?
Não sei precisar. Mas sinto, não há dúvida, que os eus fazem falta.
Se, como diz meu poeta preferido, uma relação é sempre um trio (Eu, o Tu e o Nós - sempre mais que uma soma), me pergunto como seria a hipotética e democrática barganha diária nesse ninho tirânico:
- Até ser deposto, Nós sempre vence (pois é mais que um) e cada Eu que se lasque?
- Eu entra em acordo com o Tu, embora Nós desaprove?
- Eu bate com o Tu e o meio-Nós do Eu racha com o meio-Nós do Tu, sem desempate?
- Eu paga Mensalão para o Nós? Manda pro Paredón?
Maioria? Voto indireto? Socorro, George Bush!
Eus sem solidez dão bons alicerces?
Lá está o Tu que me enerva, o tal Vós com o voto de Minerva.
É por isso que sempre amo o Tu tanto quanto me irrita o Nós.
E a Praça dos Três Poderes virou piscinão.
Em todo caso, grato pela lisonja.
Entendeu? Nem eu.
Charge do dia
Há 4 anos
2 comentários:
Olha, eu vou de NÓS.
Prefiro assim, sempre preferi.
nozes é mais saudável, ou não...
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